sábado, 25 de setembro de 2010

Filosofar sobre unhas

Unhas, essas ridiculariedades dos dedos, réstia de evolução, que não serve para mais nada senão para criar aquele lixo esquisito que se entala entre a carne e os já falados apêndices queratinosos. Sempre a chamar a atenção do seu portador (infelizmente, todos nós) aumentando de tamanho constantemente, falando baixinho, um murmúrio, "Cortem-nos, já estamos muito grandes! Cortem-nos!". Uma existência diminuída de sentido, que quer sobreviver, luta por isso, não se deixa apagar. E crescem sem um fim à vista, qual défice português, perpetuamente, salvação nenhuma. 

Chateia.