Apeteceu hoje aos meus pais passear. Castro de São Julião... Castro de São Julião, caramba! Com um nome tão apelativo colei os phones aos ouvidos enquanto o jipe arrancava. Só quando parámos para pedir direcções a uma transeunte sénior (e reparem como usei inteligentemente este termo para evitar dizer velhota ou cota avançada), com um buço de fazer inveja ao mais farfalhudo dos bigodes, é que retirei, sem saber ao certo porquê, os phones.
--» Desculpe minha senhora, sabe-nos dizer como chegamos a Castro de São Julião?
--» Ora vamos lá ver (pausa de 7 segundos)... Castro de São Julião... Então... Segue, segue, vai, vai em frente, sempre, sempre, e há um bairro lá mais pá frente... E aí pergunta.
--» Muito obrigado. (Disseram os meus pais, mais em tom de interrogação do que de afirmação)
A vaguear pelo bairro, encontrámos mais umas pessoas, a quem, seguindo o conselho sábio da transeunte sénior, perguntámos direcções. E que nos disseram que tinhamos de voltar para trás e virar numa mercearia, que estava fechada.
E realmente fico super contente que ainda existam pessoas que sabem dar as direcções como deve ser...
Se não nos dissessem que a mercearia estava fechada, nunca mais teríamos dado com Castro de São Julião...